sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Partir.


Rasgar as velas, quebrar o leme, furar o casco, inundar o convés, queimar o mastro, pesar a proa, tombar à bombordo. Derivar léguas, amparado à carranca da nau, até o hipertônico mar virar barro indefinido entre o Equador e Capricórnio. Desentender o mundo. Naufragar cercado por paraísos idílicos, cheios de índias de peito de fora, em uma quinta-feira escrota fedendo à solidão e peixe podre.

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