domingo, 17 de fevereiro de 2008

Páginas em branco.




As palavras formam-se embaçadas,
É complicado lê-las,
É difícil achar sentindo,
Quando não há.
Não irão entender.

Poucos leram,
O livro escolhe o leitor.
O autor, egoísta, criou a história pra ele,
Egocêntrico. Incluiu-se como herói.
Não irão entender.

Ele escreve incessantemente,
Alucinadamente, intensamente.
Expõem. Ele a ele,
Vê através das palavras.
Não entenderiam.

Os personagens aparecem e somem sem explicação,
Apagam-se.
Mesmo os mais importantes,
Aqueles que inventaram quem os inventou,
Não entenderam.

O herói continua lá, não irá.
Luta, progride, sofre, cai, levanta, anda, tropeça, cai, sofre.
Ele morrerá no final.
O escritor poderia alterar a história, mas teria que mudar primeiro.
Não entende.

Quem entende?

Um comentário:

Luena Barros disse...

entender?
que coisa mais idiota.
continua, tá gostoso, dá vontade de comer.
e não pensa besteiras, pervertido!
hihi

;**